[3 COISAS] As 3 coisas mais importantes de um planner, por Eduardo Tracanella do Itaú

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Perguntamos para Eduardo Tracanella, Superintendente de Marketing do Itaú:

Quais as 3 coisas mais importantes que você espera de um planejador de agência?

Nesta série, pedimos aos entrevistados que sejam sintéticos e objetivos, ainda que correndo o risco de um certo reducionismo. 🙂

Confira as respostas a seguir.


#1 

Hay de viver

Planejamento é também um exercício de curadoria. Precisamos de gente que não seja atualizada somente a partir dos cases requentados do festival passado. Acho que isso vale para qualquer setor do nosso mercado, mas, sobretudo, o profissional de planejamento precisa viver se quiser construir uma estratégia com alguma chance de sobrevivência nos dias de hoje. Experiência de vida, de novas culturas, de novas expressões artísticas, de tudo que de alguma forma nos ajude a compreender o funcionamento da sociedade moderna e de alguma forma antecipar o que está por vir. Ao meu ver precisamos resgatar o fator humano dos profissionais – sua intuição, sua emocão, sua vivência a partir de experiências reais e não somente a partir de videocases e do que alguém contou algum dia para alguém e foi cravado em pedra na internet.

#2 

Tem hora pra keynote e hora pra whatsApp

As coisas estão mudando muito rápido. Seja do ponto de vista de comportamento das pessoas, do avanço da tecnologia, da relação com as marcas, do sentimento sobre o país. E esse contexto impacta diretamente a estratégia de uma marca, de uma campanha, de uma mensagem. Ser real-timing, conhecer e entender a pauta das pessoas, errar rápido, corrigir a rota, se movimentar com agilidade e assertividade. Isso é planejamento nos dias de hoje. Não temos mais tempo para a teoria que se desgarra passivamente da prática.

#3

Magoado é coisa de namorado

O tempo é escasso, as dificuldades aumentam e a pressão do negócio e do mercado nos espremem. Isso é um dado, não uma escolha. O profissional de planejamento não pode viver à parte desse contexto. Nem achar que horas e horas de conversa pouco objetiva, baseada em achismos, sem traços de realidade ou KPIs diferenciadores terá espaço nas agências e nos anunciantes. Magoar é fácil. Construir relevância a partir da liderança do processo estratégico como um todo é o desafio. Precisamos de gente jovem, talentosa, a fim de fazer história, de mudar efetivamente comportamento e o status-quo. Porém, gente com maturidade para entender o contexto, ler os cenários e abrir espaço com legitimidade, construindo efetivamente valor. Para mim, o planejamento precisa ser obsessivo por resultado, fanático por performance e insuportavelmente barulhento no que se refere ao que mais importa: o consumidor.


Este post faz parte da série “3 Coisas de 1 Planner”, em que gestores de marca e comunicação são convidados a sintetizar as 3 coisas mais importantes que eles esperam de um planejador de agência.