[ARTIGO] “Conferência EPIC 2015: o que é e por que vale a pena?”, por Carol Roxo
EPIC 2015: Onde a antropologia, o design thinking e a inovação se encontram
Por Carol Roxo (*)
No ano passado tive a chance de ir ao EPIC (Ethnographic Praxis in Industry Conference) que aconteceu em Nova Iorque, na sua 9ª edição.
Apesar de ainda ser pouco conhecido por aqui, lá fora o EPIC já é bem renomado e frequentado por profissionais que trabalham com marcas e inovação.
Google, Intel, IBM, Motorola, Nissan são algumas das empresas que desde o começo participam e apoiam o evento, que tem como princípio o intercâmbio de conhecimento e a ampliação do uso de metodologias das ciências sociais, como a etnografia, e também do design thinking, para o desenvolvimento de estratégias de marca mais inovadoras.
Este ano, o EPIC comemora 10 anos e pela primeira vez será realizado na América Latina, e São Paulo foi a cidade escolhida pela sua importância na região.
Recomendo demais a participação, principalmente para os planners, por uma série de motivos.
O primeiro é por se tratar de um evento que reúne gente do mundo todo, de diversas áreas e tipos de empresa, numa troca super positiva.
É um dos poucos eventos que conheço no qual existe um diálogo mais aberto e construtivo entre pessoas da academia e do mercado – inclusive muitos dos nomes internacionais que estarão por aqui vieram da academia e hoje são pessoas que aplicam o seu conhecimento trabalhando para grandes marcas, como o Ken Anderson, fundador do EPIC, que trabalha na Intel de Portland, a Maria Bezaitis, atual Presidente da Intel Portland e a Kathy Baxter, do Google da Califórnia, todos integrantes do board do EPIC.
Outra coisa que vale muito a pena é a programação do evento – são 4 dias com muito conteúdo, que intercalam apresentações de cases e projetos bem sucedidos de inovação e estratégia de marcas, a partir do uso da etnografia e do design thinking, com discussões mais teóricas e também voltadas a novas metodologias e tendências no universo dos estudos aplicados ao mercado.
O legal é que em diversos momentos é possível ter discussões mais próximas, como nos debates dos salons – no ano passado participei de um muito bacana com o Christian Madsbjerg , da ReD Associates, uma consultoria pioneira na aplicação das ciências sociais para inovação.
Nos tutoriais também existe a chance de aprender sobre novas metodologias diretamente dos seus criadores, num ambiente um pouco mais “acadêmico” – no ano passado me inscrevi no do Google, que trouxe uma nova ferramenta voltada à pesquisa etnográfica remota, via um aplicativo desenvolvido por eles, que tivemos a chance de experimentar por algumas semanas sob a orientação do time de User Experience do Google de lá.
O EPIC deste ano traz vários destes conteúdos e trocas durante os 4 dias de conferência (será de 05 a 08 de outubro, no hotel Tivoli – Mofarrej / SP):
– Industry Day (dia 1 do evento, com entrada gratuita): apresentação de cases e projetos de inovação de empresas globais e grandes consultorias – a partir do uso da metodologia etnográfica e do design thinking.
– Tutoriais: exposição das últimas técnicas e conhecimentos sobre as metodologias mais inovadoras na área.
– Salons: painéis que fomentam discussões, em grupos menores, sobre diversos temas e uma oportunidade para os participantes da conferência se conectarem de maneira mais próxima.
– PechaKucha: serão 3 sessões mais provocativas onde as imagens dos projetos irão contar as suas histórias de forma mais dinâmica e inspiradora.
– Papers: divididos em 8 sessões temáticas, trazem as técnicas mais inovadoras e projetos envolvendo trabalhos etnográficos e de design
E a boa notícia: associados do GP tem 5% adicionais de desconto: basta solicitar o código promocional no formulário de CONTATO e aplicá-lo AQUI.
Para mais informações sobre o evento, confira AQUI o site do EPIC 2015.
(*) Carolina Roxo é antropóloga especializada em marcas e consumo. Sócia-diretora da Roxo Atelier Estratégia de Marcas & Antropologia, há 25 anos atua no mercado trazendo um olhar mais aprofundado sobre os valores e comportamento das pessoas visando a criação de estratégias de marca mais relevantes e significativas.